terça-feira, 10 de novembro de 2015

Não é ele

Não é ele, não é o cara casado que você "acha" que gosta de você.
Nem é o carinha do cursinho que te pede caneta colorida emprestada.
Não é o seu primo que de vez em quando te dá umas "olhadas".

Definitivamente não é seu ex que te traiu e que incrivelmente ficou bonito na ultima foto do instagram.
Não é nenhum dos caras que você pegou na balada da noite passada.
E não é o seu professor mais velho que pisca pra você quando você entrega um trabalho.

Não é nenhum desses, e não será nenhum até que o que você sente não seja influenciado pelo seu nível de carência. Solidão dói, mas amar sozinha também. 
Amiga, ficar com alguém é fácil, ter e manter um sentimento é que está complicado.



segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Links da semana

      Sempre achei super legal quando minhas blogueiras preferidas compartilhavam textos que elas achavam interessante. Copiei a ideia e agora toda segunda-feira vou postar os melhores textos que achei na internet.

Espero que gostem!


1. 11 minutos sobre autoconfiança que vão te fazer pensar mais do que anos de terapia



2. E se eu chegar aos 35 sem estar coma  vida resolvida?



3. Uma lista de coisas para não fazer



4. Morar sozinha não é brincar de casinha



5. Queridas gordas




quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Músicas da minha vida neste momento

      Todo adolescente, em algum momento da vida, cria sua própria trilha sonora. São músicas que surgem através dos familiares, dos amigos, daquele filme legal que assistimos no fim de semana ou que em algum momento, nos fez parar e imaginar alguma coisa ou lembrar de algo que vivemos. Quem vê meu facebook sabe que vivo postando músicas e que muitas vezes minhas escolhas se repetem por que as músicas pra mim vão além de letras e melodias. Elas refletem diretamente meu estado de espírito.

















      Quem me conhece sabe que sou muito eclética e que vira e mexe estou escutando uma música que há pouco tempo eu torcia o nariz. Pensando nisso resolvi mostrar algumas das minhas preferências -no momento- para alguns momentos específicos da minha vida.


Uma música que te deixa alegre: Selena Gomez & The Scene - Love You Like A Love Song



       Às vezes mes surpreendo com essas novas divas do pop, rsrs. Não me entendam mal, mas graças a minha irmã, cresci ouvindo Spice Girls, Britney, Madonna, Shakira....
Nunca curti uma música da Selena Gomez, mas essa foi amor a primeira vista e agora é música fixa nos shows que faço pros meus fãs fictícios no banheiro.

Uma música que te inspira: Wagon Wheel- Old Crow Medicine Show



      A primeira vez que ouvi essa música foi rodando pelo youtube. Encontrei um vídeo de uma garota rodando o bambolê durante um desses festivais de música em algum parque dos estados unidos. Me apaixonei na hora, o estilo nunca foi meu forte, até hoje só curti mesmo essa, mas toda vez que escuto parece que as minhas energias se recarregam.

Uma música que te deixa com vontade de ficar com alguém(Nesse caso são duas): Singular- ANAVITÓRIA e Pra Sonhar - Marcelo Jeneci
      





      Ok, deixa eu me explicar. Primeiro eu não sou o tipo de pessoa romântica: não gosto de flores(pelo menos não as que arrancam numa demonstração de "amor"-não pelas flores, é claro), nem de serenatas, nem de demonstrações públicas de carinho. Acho que exatamente por isso prefiro estar solteira do que ter um namorado hiper meloso como vejo muitos por aí. Mas essas músicas despertam em mim aquele tipo de saudade de um sentimento que não existe, aquele sentimento simples, puro. O sentimento de cuidado, que pra mim, isso que é amor. É cuidar da pessoa, é querer ter perto, é gostar do cheiro do cabelo, é abraçar sem motivo e fazer cafuné na hora do filme. 

Uma música que você tá viciada agora: RIP- Rita Ora





      Ouvi essa música a primeira vez na voz de Leah Mcfall no The Voice e adorei de cara. Sou até suspeita por que gostei de todas as interpretações dela no programa. A versão original é um pouco diferente e me acompanha todos os dias...sério.

Uma música que faz as pessoas lembrarem de você: Uptown Funk- Mark Ronson ft. Bruno Mars




      Toda vez que escuto essa música me dá vontade de rir. Sou professora e a cada turma que entrego, faço uma confraternização com meus alunos. Cantei tanto essa música nos intervalos das aulas que no último dia, os meninos colocaram ela pra tocar e me pediram pra dançar na sala, é claro que eu não consegui por que apesar da minha habilidade imaginária para o canto, a dança é uma área que não domino, rsrs. Mas foi divertido.

      Fico imaginando se todas as pessoas são como eu que quando viciam em alguma música escutam até abusar, mas incrivelmente nunca abusam! rs

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Aquela insistente vontade de largar tudo

      Tenho 23 anos e desde criança ouço coisas como "seja alguém na vida", "siga seus sonhos", "não espere o tempo passar", "cuidado pra não ficar pra trás", "estude bastante", "arrume alguém para amar", "valorize o que você tem", etc.
Todos os dias somos bombardeados com ordens, palpites, conselhos e dicas de como viver bem e/ou melhor. Mas sabe o que ninguém faz de verdade? Perguntar o que realmente queremos.

      Lembro que uma vez uma professora, lá do ensino fundamental, me perguntou: -Carlinha, o que você quer ser quando crescer? Afirmei com convicção que queria ser viajante, que queria conhecer o mundo todo, visitar muitos lugares, conhecer a cultura, a comida, a religião, queria ver como os outros povos se comportavam. A resposta que tive foi que "isso não é vida", e que eu sendo uma menina inteligente como eu era, deveria estudar e virar advogada ou médica, ter uma casa grande, uma família feliz e muitos bichos de estimação, como sempre gostei.

      Se eu pudesse te ver agora professora, e você me refizesse a pergunta, eu ainda daria a mesma resposta, e complementaria. Eu te diria que eu quero estudar muito sim, exatamente como estudo e estudei até hoje, quero ter meu próprio negócio, ams não pra ficar 'por aqui', mas sim pra não precisar receber ordem de ninguém. E quero também ter uma casa grande com uma família feliz e muitos bichos sim, pra que quando eu volte das minhas longas viagens eu possa descansar num lugar meu na companhia de pessoas queridas.


Pra mim, isso sim é vida!




terça-feira, 3 de novembro de 2015

Você já realizou algum desejo de 2015?

      Há alguns anos eu peguei o hábito de criar listas anuais, uma espécie de metas pro ano novo.
Eu crio listas pra praticamente tudo, mas especialmente essas, eu gosto de ter um pouco mais de cuidado, afinal, boa parte do que tem nela norteia tudo o que faço no novo ano.

      Lembro que em 2013, no ano que me formei, eu fiquei super feliz por que consegui concluir muita coisa que estava na lista, o que me deixou profundamente frustrada por que no ano seguinte eu não consegui fazer quase nada. A verdade é que até Junho de 2014 minha vida não tinha muito dignificado e eu fazia mais ou menos o que surgia pra mim, que em resumo é: quase nada, rsrs.

      Com as mudanças que aconteceram do meio de 2014 até o final eu não fiz lista pra esse ano de 2015 e só fui perceber isso agora no mês de Outubro por que fui ver o quanto eu já tinha conquistado. Felizmente, minhas listas sempre se baseiam em coisas que eu não resolvi do ano anterior desejos que tenho pro ano seguinte, normalmente giram em torno de 10 itens.





      Talvez esse meu esquecimento tenha sido por que criei o 101 coisas em 1001 dias eque pra falar a verdade muita coisa dali não combina quase nada mais comigo,rsrs, mas enfim, 2015 tá pertinho de acabar e eu queria compartilhar aqui três coisas que consegui e que reflete muito sobre o meu nível de comprometimento comigo mesma.

1. Tirar minha habilitação: Está na minha lista desde que comprei minha moto(há quase três anos). Sempre quis visitar as cidades vizinhas, sair pra casa dos amigos sem me preocupar, ou andar com a minha mãe na garupa sem ela ter medo;

2. Fazer uma tatuagem: Parece besteira, mas fazer uma tatuagem reflete o quanto de controle eu tenho agora sobre minha vida. Antes eu me prendia muito ao que minha mãe ia pensar e ao que as pessoas poderiam dizer sobre mim;

3. Me importar menos: Essa foi a coisa mais dolorosa que fiz e a mais saudável também. A transição entre "pessoa preocupada" para "pessoa despreocupada" é difícil, demorada, sofrida, mas assim como qualquer grande mudança traz muitos benefícios. Eu precisava colocar isso como meta senão eu jamais melhoraria, eu jamais deixaria de me preocupar com minha aparência, meu comportamento, minha personalidade... Não estou 100%, mas boa parte do caminho eu já percorri.

      Incrivelmente neste ano de 2015 eu não fiz muitas 'aquisições', nem muitas viagens, como eu imaginava, mas as coisas que fiz me deixaram imensamente mais segura sobre o que eu quero e sobre o que estou disposta a abrir mão para conseguir. Às vezes penso que sou a única a achar isso e que pareço uma louca tentando mensurar as mudanças que fiz internamente. Será que sou mesmo?

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O que aprendi nas férias

      Depois de 15 dias eu retorno amanhã ao trabalho, pode parecer pouco, mas a sensação que tenho é que passei um mês fora. Felizmente minhas energias foram carregadas e eu aprendi um monte de coisa nessas férias:


1. Aprendi que Dieta é bom, mas matar a vontade de comer um bom chocolate é melhor;
2. Que piscina pode trazer momentos bons e alivio do calor como também inflamação no ouvido;
3. Que assistir séries é legal, mas que visitar os amigos é melhor;
4. Que as vezes a gente subestima uma dor;
5. Ou desconhece a própria força;
6. Que fazer planos é otimo, mas realizá-los é melhor ainda;
7. Que quem sente falta te procura;
8. Que o tempo passa, as gordurinhas ficam e a vergonha é coisa nossa;
9. Que pessoas legais podem estar bem perto da gente;
10. Que às vezes não podemos confiar nos nossos "amigos".

      O post ficou meio estranho, mas é meio difícil falar de como eu aprendi comigo mesma nessas férias. Aprendi que tenho gostos diferenciados, que me importo bem menos do que eu pensava, que consigo ser ainda mais fria do que jamais imaginei e que as vezes aquela pessoinha super chata que vive de birra contigo é a pessoa que mais te dá saudade.

domingo, 1 de novembro de 2015

Gabriela Moreno, a mulher que me deixou com inveja

      Outro dia olhando os posts da Mel, achei um em comemoração aos aniversário de 28 anos dela, com uma frase que representa bem quem eu sou hoje. Lá no item 11 ela diz assim: "Não precisamos seguir carreira naquilo que nos formamos".

      Pra quem não sabe, eu me formei em Administração na UFC em 2013 e de lá pra cá muita coisa mudou sobre o que eu quero "ser quando crescer".

      Administrar sempre foi um sonho, ter meu próprio negócio ainda me balança, só que agora eu percebo que eu não precisava ter feito administração pra isso, não é diminuindo a profissão, de forma alguma, tenho até um exemplo na minha turma de como cursar administração faz a diferença na vida de um administrador, inclusive, ninguém melhor do que eu, que passei quatro anos e meio dentro de uma sala para aprender como gerir um negócio. Mas eu sei que mesmo que eu não tivesse feito o curso, eu ainda ia querer um negócio só meu, e na verdade, quem não quer? E o mais incrível, é que mesmo que eu não tivesse estudado isso, poderia dar certo. A probabilidade de errar é muito maior, é claro, mas aposto que você conhece pelo menos uma pessoa que abriu um negócio na "cara e na coragem" e deu certo. Mas hoje, eu planejo muito mais ter meus pés pelo mundo do que preso em um lugar só. O que reflete bem a minha ideia de "negócio".

      Foi aí que esses dias, rodando uns blogs por aí, li um texto que representava praticamente tudo o que eu desejo da minha vida.

      É meio difícil eu conseguir expressar o que quero pra minha vida e o que tenho vontade de fazer, mas tudo se resume a viajar. Sério! Mas pra você poder entender melhor, eu te convido a ler esse texto que a Gabriela Moreno publicou, é um pouco grande, mas vale totalmente a pena.
A diferença entre eu e a Gabriela, se resume ao fato dela ter 41 anos e ser muito mais corajosa do que eu. 


“A mente condicionada segue a programação proposta pela sociedade. Você se sente obrigado a cumprir este programa porque é a única maneira de sentir-se pertencendo, mas para seguir nesta direção, você tem que abrir mão do programa da sua alma. Então é inevitável que você sinta uma angústia contínua, que pode se manifestar na forma de doenças, de repetições negativas e no sentimento de que você é desencaixado e que sua vida não tem sentido. Estando fora da trilha do seu coração é natural que a vida não tenha sentido para você” (Sri Prem Baba)


Por Grabiela Moreno
Era assim mesmo que me sentia: desconectada, angustiada, levando a vida no piloto automático, fazendo as coisas por fazer. Acordava, ia trabalhar, voltava para casa exausta e meio sem entender o sentido disso tudo. Por que mesmo que eu estava fazendo essas coisas? Para ganhar dinheiro, para poder pagar uma aposentadoria e comprar coisas?
E coisas que na verdade nem me importava… roupas, sapatos e maquiagem para o trabalho, seguindo a máxima: vista-se para o próximo cargo que você quer ocupar. Roupas que não gosto, sapatos apertados e maquiagem, que é, na verdade, uma máscara social. Por mim, ficava de bermuda, camiseta e chinelo o dia todo.
Ok, me dava uns presentinhos de vez em quando, afinal, depois de trabalhar tanto, eu mereço, né? Um iPad, um smartphone, um bom queijo. Me dei também um bom apartamento, financiado em trocentos mil anos. E vamos realimentando o ciclo, pois agora é trabalhar para pagar este apartamento.
Mas o que sempre me deu tesão mesmo era a viagem das férias. Acho que no fundo eu trabalhava 11 meses só para poder viajar aqueles 20 dias das férias. Ah, como eu me sentia livre e presente fora da rotina louca que eu levava. E também era um prêmio de consolação por ter me envolvido tão cedo no mundo corporativo e deixado de realizar um sonho de juventude: passar uma longa temporada viajando.
Sempre tive essa vontade, mas a vida acontece e para mim aconteceu de forma boa. Bons empregos, promoções, bons salários. Acabei nunca cumprindo essa vontade, então matava um pouquinho dela nesses poucos dias de folga.
Em uma destas férias, fui para Machu Picchu e, por mais clichê que isso possa parecer, tive um insightdurante uma caminhada. Quem quer que já tenha sentido algo assim sabe o quanto é difícil colocar em palavras o que é. Assim, só posso dizer que lá, na dureza daquela caminhada, me senti integral com o mundo e com o universo. Minha alma estava inteira em mim. Eu estava ali, cem por cento ali. E me dei conta que não precisava de mais nada, nem de iPod, iPad, carro… nada disto. Eu precisava era de mim, da minha alma morando em mim.
Entre esta viagem e a decisão de finalmente largar o mundo sem sentido em que vivia, foram 2 anos. Finalmente tomei coragem e, aos 41 anos, pedi demissão de uma boa empresa, onde tinha um bom cargo e salário para, finalmente, colocar em prática o sonho da juventude: viajar.
Um misto de sentimentos em meu ser. Ao mesmo tempo em que senti uma liberdade e alívio profundo, um medo enorme me invadiu. E agora? Não tenho mais emprego, nem a garantia da CLT, nem benefícios, nem plano de saúde, nem nada. E tudo isto para torrar uma vida de economias em uma viagem? Nesta idade? Tá louca?
Meus amigos e família achavam que sim. Eu também achava, mas, lá no fundo, uma vozinha afirmava que não, que eu não estava louca, que estava fazendo a coisa certa.
Com uma infinidade de possibilidades de viagens, acabei optando por rodar o mundo voluntariando ao invés de ficar mais tempo em um só lugar. Assim podia conhecer os países mais profundamente, além de retribuir um pouco ao universo tudo aquilo que dele recebi.
Descobri uma passagem da Star Alliance que se chama Around the World, e assim comecei a montar meu roteiro. Foram dias de muito trabalho e pesquisa, buscando ONGs para voluntariar, mandando e-mails, planejando. E fazendo contas, muitas contas.
Conforme o dia ia se aproximando, o medo aumentava. Tantas dúvidas na cabeça: será que os trabalhos serão legais? Será que vão gostar de mim? Será que vou fazer amigos? Será que aguento passar este tempo todo viajando? Será que meu relacionamento aguenta esta separação? Será que tudo isto tudo vale mesmo a pena? Será?
A cabeça cheia de dúvidas, o coração com uma certeza: Vai!
E assim saí em viagem, deixando família, amigos e um relacionamento de 13 anos, para poder conhecer mais deste mundão e de mim mesma.
Na viagem descobri muito de mim e conheci muita gente interessante, de verdade. Todos mais jovens que eu. Mas descobri, também, que a idade é um detalhe quando a alma fala a mesma língua. Descobri uma certa flexibilidade e resiliência que não sabia que tinha, descobri tantas coisas que daria assunto para outra postagem. Mas, acima de tudo, descobri que nunca havia sido tão feliz na minha vida.
Claro que neste tempo todo tive altos e baixos, dias bons e dias não tão bons. Mas mesmo os dias não tão bons foram muito bons. Em nenhum momento me arrependi da decisão. Pelo contrário, cada dia reforça ainda mais a certeza que fiz o que era pra ter sido feito.
Não sei o que será de mim quando eu voltar, que tipo de emprego ou forma de me sustentar encontrarei. Não sei nem onde vou morar. Mas sei que tudo vai dar certo e se alinhará de alguma forma. Aprendi isto, também: a me preocupar menos e confiar mais na vida. E eu confio, e muito.
Dizem que se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Mas vou dar um mesmo assim: siga seu coração, seu sonho. Não importa o quão louco ou desbaratinado ele pareça. Siga-o! Não existe no mundo felicidade maior do que este sentimento de realização e plenitude quando a gente faz o que nossa alma quer.
Você não precisa de carro, iPod, iPad, vale-refeição, Mac ou TV 3D para ser feliz. Tudo isto traz uma alegria apenas temporária. Você só precisa de você, da sua alma morando em você.

Por anda a sua?