segunda-feira, 21 de abril de 2014

Quem é Philipe Thayslon?

 Nascido em Juazeiro do Norte, Philipe Thayslon de 23 anos é artista, escritor e filósofo de mesa de bar.  Já o tinha visto pois estudávamos na mesma faculdade, mas nunca tivemos aproximação. Hoje, ele é uma das pessoas que confio em me dar indicações de filmes ou simplesmente quando quero ter uma conversa séria porém descontraídaA proposta inicial do post era mostrar pra vocês um pouquinho do trabalho dele e o que o inspira a criar, porém, como ele mesmo diz: "deixo que as pessoas fiquem livres pra pensar sobre isso". Com vocês, minha entrevista com o Philipe Thayslon.



Um Favo de Garota: Philipe, o que faz nas horas livres? Varia entre  ler, desenhar, ouvir música, assistir um bom filme, descobrir novos artistas e também ter bons diálogos com meus amigos, que diga-se de passagem, são tão geniais quanto o cinema do John Ford.

Um Favo de Garota: Por que escolheu cursar design? "Estava numa roda de amigos. Terminaríamos o ensino médio em poucos e não fazíamos ideia do que estudar. Alguém falou que a ufca tinha acabado de inaugurar o curso de Design. Então um amigo meu olhou pra mim e disse: "E aí?". Pegamos dois copos vazios e brindamos a faculdade. Iniciei o curso com 19 anos. Hoje acho que deveria ter esperado mais um pouco".



Um Favo de Garota:  Você desenha bem à mão livre? Mal sei como se pega num lápis, quem dirá desenhar. Mas deixando o humor de lado, considero um processo esquisito. Visualizo o conceito na mente. Procuro referências e começo os primeiros rabiscos numa folha qualquer. Depois que tenho o desenho mais próximo de onde quero, vem a parte digital, onde posso colorir e trabalhar com luzes e sombras.

Um Favo de Garota:  Tinha outro curso em mente? Sempre tive muitos cursos em mente. Filosofia, Psicologia, Arquitetura, Cinema, Artes Visuais e mais outros que agora esqueci. Todas as minhas influências me levam a querer estudar esses cursos. Deveria ser proibido de falarmos a palavra limite, agora, por exemplo, eu deveria estar amarrado na fogueira santa, pelo fato de mencioná-la.

De onde surgiu a paixão por arte? Meu pai. Ele é escultor. Quando era pequeno ficava observando ele trabalhar. Meu velho esculpia em gesso, madeira, argila e até marfim. E eu me enxergava ali. Talvez você concorde, a arte não espelha a vida, ela revela o espectador. Contudo, só me dei conta e aceitei a influência paterna na minha no que eu crio há alguns meses. Antes tarde do que sempre, não é mesmo?

Um Favo de Garota:  O que acha que falta nos artistas locais? Costumo me preocupar mais com o que falta em mim. Não me encontro no direito de apontar o dedo nas criações dos outros, embora ache necessário que apontem nas minhas. Quando alguém critica, tal pessoa está revelando a si própria. Está falando com seu ego em voz alta.

Em 2013 Philipe lançou seu primeiro livro, intitulado Cabeça de Nuvem. O livro possui ilustração do próprio e reúne um compilado de contos. 


Um Favo de Garota:  Como foi lançar seu primeiro livro? Tinha muitos contos na gaveta. Descobri que podia publicar um livro independentemente. Foi o que eu fiz. Elaborei um projeto, organizei alguns contos e publiquei o livro só pra ver como seria o resultado.

Um Favo de Garota:  E de onde veio a vontade de ser escritor? Eu sempre li. Às vezes muito, às vezes quase nada, mas nunca escrevia. Até que um amigo me convidou para ter uma coluna num blog. Eu já tinha 21 anos e não possuía a prática da escrita. Mas o acaso é um filho adotivo do destino. Levei um pontapé dos dois e, depois disso, nunca mais parei de escrever. Mas vontade de ser escritor, eu nunca tive e nem pretendo ter. Faço isso quando me descubro no ócio, que geralmente dura 4 horas por dia. Não tenho grandes objetivos com a escrita. É como respirar. Você respira, mas não precisa ter vontade.

Um Favo de Garota:  Obteve o retorno que esperava? Não fiquei feliz quando folheei. O material não tinha qualidade. A diagramação, o tipo de papel e outras coisas mais. Mas como não tinha grandes ambições com a publicação, dei de ombros. 

Um Favo de Garota:  Pretende lançar outros livros? Eu não faço ideia. Pretendo continuar escrevendo. Tenho a mente atenta a qualquer distração. Até mesmo o voo de uma mosca tem algo a ensinar, se você souber apreciá-lo. 

Um Favo de Garota:  Pra finalizar Philipe, você está satisfeito com sua arte, vive dela? No quesito dinheiro, não. No quesito lacunas preenchidas, sim. Embora sabendo que quando tapo um desses buracos, mais mil surgem. Afinal, sou emotivamente humano. E adoro ser um aquário de sangue com células nadando dentro de mim.

Bom pessoal, por enquanto é isso. Espero que vocês tenham gostado do papo e caso queiram nós podemos trazer o Philipe aqui pra conversar novamente. Aproveitem as indicações do Philipe aí embaixo e deixem suas opiniões nos comentários!







Até a Próxima!

terça-feira, 15 de abril de 2014

Você já pensou em planejar sua felicidade?

Mas, como algo tão abstrato pode ser planejado?
Ao contrário do que muita gente pensa, a felicidade não é algo que acontece nas nossas vidas aleatoriamente. Ela precisa ser exercitada e, por que não, planejada?

Tudo é uma questão de tempo.

Por muitos anos se estudou a relação entre o dinheiro e a felicidade. Todo mundo queria encontrar a resposta para a pergunta: dinheiro traz felicidade? Mas, pouco se estudou até hoje sobre a relação entre o tempo e a felicidade.
Todo mundo deve concordar que o tempo está se tornando cada vez mais valioso, já que, ao contrário do dinheiro, o tempo perdido jamais poderá ser recuperado.
Isso faz com que as pessoas se preocupem mais com a forma que passam o seu tempo e com o fato de que talvez não valha a pena perdê-lo quase todo em troca de dinheiro.
Mas, como disse a Monja Coen em uma entrevista ao Glück Project:
“Preocupar-se nunca é válido. Ocupar-se é.”
Não adianta ficarmos estressados ou frustrados porque não estamos usando o nosso tempo da melhor forma se não tivermos noção do que gostaríamos de estar fazendo com ele.
Vocês já repararam que muitas vezes existe um hiato entre o que as pessoas dizem que elas gostariam de estar fazendo com o tempo delas e a forma com que elas gastam o tempo que tem? Será que realmente sabemos quais são as coisas que nos fazem felizes de verdade?
Ser feliz exige, além de esforço, autoconhecimento. Só nos conhecemos e entendemos quais são as nossas verdadeiras necessidades quando isolamos a nossa vida dos fatores externos e fazemos uma avaliação honesta sobre a razão pela qual tomamos certas decisões.
É sempre mais fácil colocar a culpa no emprego, no marido ou nos pais pelo tempo que nos está sendo confiscado porque tivemos de arrumar a casa, trabalhar até mais tarde ou cuidar dos pais doentes. Mas, será que no fundo, não estamos fazendo isso porque queremos ser consideradas boas esposas, funcionários competentes e filhos exemplares? Isso não deveria nos fazer bem em vez de nos fazer lamentar pelo tempo perdido?
É mais provável que a gente sinta que nosso tempo está sendo bem aproveitado quando fazemos algo sem esperar pelo reconhecimento de outras pessoas. Toda e qualquer ação da nossa vida requer tempo, por isso, precisamos ter consciência das escolhas que fazemos o tempo todo para que elas nos tragam algum tipo de satisfação pessoal. Do contrário, continuaremos com a sensação de tempo perdido.
Não coincidentemente o trabalho é uma das coisas que tem feito cada vez mais gente infeliz. Muitas pessoas não vêem propósito algum no que fazem e por terem de passar o dia todo confinadas e sem nenhum controle sobre o próprio tempo acabam se sentindo totalmente insatisfeitas com a vida que levam.
Só que nem todo mundo pode largar tudo para abrir seu próprio negócio ou viajar. Nem todo mundo pode abandonar os pais doentes ou ou deixar algumas obrigações de lado. O que fazer então?
Comece a planejar a sua felicidade. Sim, como planejamos os nossos gastos ou as nossas férias. Abra espaço na sua vida para aquelas coisas e pessoas que fazem você se sentir bem. Identifique o que te faz feliz (o desafio #100diasfelizescomavida está aí para te ajudar!) e repita isso com mais frequência.
Quando nos organizamos e planejamos as coisas com antecedência otimizamos o nosso tempo (e muitas vezes nosso dinheiro) e fazemos com que ele renda mais.
Antes de eu pedir demissão para viajar eu já tinha identificado que essa era uma das coisas que me deixava mais feliz. Por isso, queria fazer os meus dias de férias renderem ao máximo para que eu pudesse viajar cada vez mais. Era engraçado ver a reação das pessoas indignadas quando eu dizia que estava indo viajar de novo ou quando postava uma foto no Facebook: “De novo?”“Queria ter um emprego como o seu!”“Quantos dias de férias você tem por ano?”.
A minha resposta era simples: “Eu tenho os mesmos 30 dias e os mesmos feriados que você, a diferença é que eu me planejo e aproveito muito bem esses dias.”
Era a mais pura verdade. Eu nunca tive nenhum tipo de privilégio. O que fazia parecer que eu tinha o dobro de férias que todo mundo era que no dia 2 de janeiro eu já tinha uma planilha com todos os feriados que poderiam ser emendados e quantas viagens eu faria no ano combinando isso com os meus dias de férias. Além disso, sempre prestava atenção para começar de preferência numa segunda-feita e voltar em uma quinta ou sexta-feira e não perder o fim de semana. Isso é planejar a sua felicidade. É arrumar tempo para aquilo que te faz verdadeiramente feliz.
Passe a ver o seu tempo como um grande quebra cabeça e tente preencher cada espaço com a peça certa. Não é fácil, mas com o tempo isso acaba virando um hábito que deveria ser cultivado por todos aqueles que buscam mais satisfação com a vida e consequentemente, mais felicidade!

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Descobri meu problema

Esses dias eu tava meio xoxinha sabe? Daqueles dias que nem vontade de sair de casa a gente tem, e não era por que eu estava doente (sim, eu estive bem doente esses dias). Na verdade era um mal estar que já vinha há tempos, uma insatisfação. Primeiro eu achei que eu estava me sentindo abandonada pelos amigos, depois pela família, mas nada eu resolvia. Aproveitando meus dias em casa de atestado, resolvi fuçar bem muito na net. E não é que descobri meu problema?!



É isso aí, meu problema era eu mesma. Meu problema é não gostar da pessoa que eu via todo dia no espelho. E não falo só da aparência, era uma questão de convivência mesmo. Simplesmente não se aguentar. Mas enfim, depois que vi essa foto eu percebi que meu mal era interno e que pra me sentir feliz eu precisava ficar feliz. Eu precisava fazer o que gostava, precisava buscar satisfação nas coisas.

E como físico e alma de gordinha, nada melhor do que cozinhar né? Bateu a Dona Benta (exagerada) e parti pra cozinha. Dessa mistura saiu bolo de abacaxi e minha primeira experiência com o bicho de pé. E não é que o bicho é gostoso? Não dá pra comer muito por que ele é muito doce e enjoa rápido, mas pra festinha não tem nada melhor. Aproveitei a noite pra colocar o papo em dia com Jayana(aquela ex-colaboradora que teve a audácia de nos abandonar, rsrs) e planejar umas coisinhas que eu já queria faz tempo. Em breve eu posto as novidades.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Carta aos meus 25 anos



Olá eu do futuro!



 Primeiramente uma simples pergunta: Como é ter 25 anos? Você já sabe o que quer da vida? Por que sendo bem sincera, as coisas não vão muito bem por aqui. Descobri que não gosto do curso que fiz e não tenho a mínima ideia do quero fazer agora. Não estou habilitada, não comprei minha casa como eu planejava aos 16 anos e nem achei o amor da minha vida. Aliás, ele chega mesmo né?!


Lembra da lista que nós tínhamos? Ela era enooooorme, cheia de coisas que eu precisava ou simplesmente queria fazer! Então, como anda ela? Aprendeu novos idiomas? Fez aquela tatuagem? Ah, deixa pra lá, bobeira fazer listas né? Ou não?


E os nossos amigos ainda são os mesmos? Por que sinceramente tá difícil confiar no pessoal por aqui. Sabe, cada dia eu me sinto mais só. Cheguei a conclusão que a maturidade me deixa doente.


Mas mudando de assunto, como estão nossos pais? Espero que melhor, ainda me sinto mal quando brigo com eles e cada dia parece mais difícil evitar uma discussão. Cada vez eu me sinto com 8 anos de novo e não do jeito legal.


Meus irmãos? Espero que não tenham mudado muito, não sei se suportaria descobrir ainda tão jovem que meus irmãos não se parecem em nada comigo, eu ainda tenho esperanças sabia? Esperança que eles parem de me ver como uma criança, como a "irmãzinha" mais nova.


Ah, espero também que você esteja arrebentando no violão viu mocinha. Que tenha ficado mais decidida e que esteja aproveitando bem mais. Não quero ser uma velha ranzinza por que não curti a vida. Sei que 3 anos daqui pra aí não é muito, mas com certeza eu não fiz muita coisa aos 22 e não quero que permaneça assim aos 25. Sabe, eu ainda tenho aquela mania horrível de perder horas e horas planejando e imaginando o futuro e esquecendo de viver o presente


Será que você está muito arrependida das escolhas que fiz? Das burradas que nunca pedi desculpas ou das trombadas nas escolhas que jamais consertei? Eu sei, foram muitas, mas faz parte da vida certo? E sinceramente não estou pedindo que você conserte nada, apenas que não fique com raiva de mim.


E meus filhos como estão? É claro que estou falando dos de 4 patas né?! Espero que você não tenha mudado em nada seu amor por eles. Corre o risco de eu ir te fazer uma visitinha só pra chutar a sua bunda! Desculpe, não quis ser agressiva. Velhos hábitos. Você sabe.


Vou parando antes que eu me estenda muito. Nem vou desejar saúde e paz por que nós duas sabemos que essa são o tipo de coisas que só adquirimos na prática. Falando nisso e a prática de esportes como anda? rsrs. Brincadeira!


Bom, de resto, espero apenas que você tenha descoberto onde quer chegar, que tenha diminuído suas inquietações e que tenha se tornado mais confiante. Me disseram que isso é coisa de idade.


Enfim, te vejo no futuro.


domingo, 6 de abril de 2014

Tá faltando amor nas pessoas.

Escrever sobre amor sempre resulta em dois tipos de textos: aqueles profundos que todo mundo acha lindo e pensa nele por um tempo até simplesmente esquecê-lo e aqueles que todo mundo já leu em algum lugar e continua fazendo as coisas erradas e se questionando sobre o amor.

Acho que exatamente por isso que nunca gostei de falar de amor, sempre me senti desconfortável e insegura, talvez por nunca tê-lo sentido de verdade, não me sinto no direito de falar ou questionar nada, ou até para isso, não exija preparação, nem teste, apenas a abertura que se faz no peito e na cabeça pra permitir que as emoções invadam e tomem conta.

Antes que eu me estenda demais e fique ainda mais difícil entender o que tenho pra dizer, eu quero apresentar um vídeo. Ele é curto, simples, sutil, e simplesmente lindo. Nem vou dizer que chorei, mas sugiro assisti-lo sozinho, assista ele em um lugar em que você possa simplesmente parar e analisar as pessoas que você ama na sua vida.





Não acredito em cupidos, na verdade nunca acreditei, mas se existe um desses solto por aí, por favor, dá uma passadinha aqui na minha cidade. Tá faltando amor nas pessoas.