domingo, 13 de janeiro de 2019

Respira...respira...respira

Olá, gostaria de te fazer uma pergunta.

Você já se sentiu feliz por ter alguém por perto? Não falo de nada íntimo, ou de alguma ligação específica, só falo de se sentir bem por saber que tem alguém com você.

Sabe quando você acha que se perdeu da mãe no supermercado, aí começa a bater um desespero e de repente você sente uma vontade de chorar, mas aí sua mãe aparece do nada do corredor ao lado e diz que estava procurando por você, e é daquele momento, aquele breve momento em que você sente a segurança e felicidade de ter achado que eu me refiro. 

Aquele momento em que qualquer angústia, medo, ansiedade ou raiva se dissipa. Tudo passa pelo simples fato de que aquela pessoa está ali com você.

O mesmo acontece quando vocês estuda muito pra uma prova, se mata em cima dos livros e na hora h você não lembra de nada. Você sai da sala de aula sabendo que foi tudo um fiasco, e que com certeza vai tirar uma nota ruim. Aí você senta na mesa da cantina enquanto espera seu melhor amigo sair. Ao vê-lo, ele te fala que a prova foi horrível e que com certeza vai pra recuperação. Aquele momento em que nada mais é dito, mas que você tem certeza que terá aquela pessoa do lado pra estudar novamente com você, é o momento em que eu chamo de fôlego.

Folego é quando você tá nadando e precisa virar a cabeça pro lado pra pegar ar. É o momento em que você foca só em se manter calmo, seguir o fluxo e aguentar mais um pouco, por que sempre terá esse momento.

O Fôlego da vida é ter pessoas que te fazem bem, seja um amigo, seja um familiar querido ou alguém pra chamar de amor. Fôlego é o teu momento de calmaria. Mas e quando não há mais fôlego? 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

O coração quer o que o coração quer


Faço 27 anos em alguns dias e nunca tinha entendido o sentido dessa frase.

Até hoje.

Hoje eu se que a gente não consegue suprir certas ‘necessidades’ com coisas que não sejam o que aquela necessidade quer. Hoje eu entendi que não adianta você comer adoçante quando seu corpo quer açúcar, não adianta assistir comédia se no seu coração é só tristeza, por que aí aquela comédia não terá graça. Não adianta encher a casa de pessoas se é o coração que tá vazio.

Hoje eu percebi isso e muitas outras coisas que eu achei que nunca entenderia. Eu achei que nunca entenderia músicas sertanejas com todo aquele amor piegas, ou por que tem pessoas que gostam de palmito e alcaparras. Eu achei que nunca entenderia por que uma pessoa pega sol até se queimar, ou por que tem filme ruim que é adorado pelo público. Eu entendi hoje que o coração quer o que o coração quer.

Se ele gosta, ele quer, e ele não aceita menos que isso.

Não adianta fingir que tá tudo bem ou que isso não impacta, por que se o coração quer, não importa os 99% do seu cérebro dizendo “vida que segue”, quando existe 1% no coração alimentando uma esperança que insiste em te castigar de madrugada.

“O coração quer o que o coração quer” é a frase mais estúpida e dolorida que redescobri nos últimos dias e que teima em me mostrar que eu não mando em nada. Assim como o meu ato de respirar é involuntário, o de querer também. E principalmente, que é necessário fazer um esforço imenso para que aqueles 99% gritem mais alto do que aquele 1%.