segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

O coração quer o que o coração quer


Faço 27 anos em alguns dias e nunca tinha entendido o sentido dessa frase.

Até hoje.

Hoje eu se que a gente não consegue suprir certas ‘necessidades’ com coisas que não sejam o que aquela necessidade quer. Hoje eu entendi que não adianta você comer adoçante quando seu corpo quer açúcar, não adianta assistir comédia se no seu coração é só tristeza, por que aí aquela comédia não terá graça. Não adianta encher a casa de pessoas se é o coração que tá vazio.

Hoje eu percebi isso e muitas outras coisas que eu achei que nunca entenderia. Eu achei que nunca entenderia músicas sertanejas com todo aquele amor piegas, ou por que tem pessoas que gostam de palmito e alcaparras. Eu achei que nunca entenderia por que uma pessoa pega sol até se queimar, ou por que tem filme ruim que é adorado pelo público. Eu entendi hoje que o coração quer o que o coração quer.

Se ele gosta, ele quer, e ele não aceita menos que isso.

Não adianta fingir que tá tudo bem ou que isso não impacta, por que se o coração quer, não importa os 99% do seu cérebro dizendo “vida que segue”, quando existe 1% no coração alimentando uma esperança que insiste em te castigar de madrugada.

“O coração quer o que o coração quer” é a frase mais estúpida e dolorida que redescobri nos últimos dias e que teima em me mostrar que eu não mando em nada. Assim como o meu ato de respirar é involuntário, o de querer também. E principalmente, que é necessário fazer um esforço imenso para que aqueles 99% gritem mais alto do que aquele 1%.

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