Faço 27 anos em alguns dias e nunca tinha entendido o sentido dessa
frase.
Até hoje.
Hoje eu se que a gente não consegue suprir certas ‘necessidades’ com
coisas que não sejam o que aquela necessidade quer. Hoje eu entendi que não
adianta você comer adoçante quando seu corpo quer açúcar, não adianta assistir
comédia se no seu coração é só tristeza, por que aí aquela comédia não terá
graça. Não adianta encher a casa de pessoas se é o coração que tá vazio.
Hoje eu percebi isso e muitas outras coisas que eu achei que nunca
entenderia. Eu achei que nunca entenderia músicas sertanejas com todo aquele
amor piegas, ou por que tem pessoas que gostam de palmito e alcaparras. Eu
achei que nunca entenderia por que uma pessoa pega sol até se queimar, ou por
que tem filme ruim que é adorado pelo público. Eu entendi hoje que o coração
quer o que o coração quer.
Se ele gosta, ele quer, e ele não aceita menos que isso.
Não adianta fingir que tá tudo bem ou que isso não impacta, por que se
o coração quer, não importa os 99% do seu cérebro dizendo “vida que segue”,
quando existe 1% no coração alimentando uma esperança que insiste em te
castigar de madrugada.
“O coração quer o que o coração quer” é a frase mais estúpida e
dolorida que redescobri nos últimos dias e que teima em me mostrar que eu não
mando em nada. Assim como o meu ato de respirar é involuntário, o de querer
também. E principalmente, que é necessário fazer um esforço imenso para que
aqueles 99% gritem mais alto do que aquele 1%.
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