quarta-feira, 27 de abril de 2016

Resenha: Príncipe Sombrio de Christine Feehan

Título: Príncipe Sombrio
Autor: Christine Feehan
Editora: Universo dos livros
Páginas: 486
Consegui... Ganhei de 'presente'

Resumo: Mikhail Dubrinksy é o Príncipe dos Cárpatos, o líder de uma raça ancestral de vampiros. Que além de muitas responsabilidades, Mickail precisa lidar com decisões como condenar vampiros que enlouqueceram, consumidos pela escuridão por não encontrarem uma companheira, que segundo a história, são as únicas capazes de impedir que os cárpatos se tornem, com o passar do anos o vampiro das 'histórias que conhecemos' (mal, sanguinário, etc). 

Mickail começa a perceber que ele mesmo está fadado a esse destino cruel, mas antes que se torne esse ser que ele tanto desdenha, o príncipe resolve dar fim à sua própria existência. Na noite em que resolve dar fim à sua ~vida~, Mickail sente uma pessoa tocar a sua mente, uma mulher. Raven Whitney é uma humana com poderes telepáticos que usa suas habilidades ajudando a polícia na captura de serial-killers. O encontro acontece por que após se envolver em casos cada vez mais obscuros e se envolver com a mente dos criminosos, Raven decide passar um tempo longe da agitada vida que leva. É na montanha dos Cárpatos que ela resolve descansar, e é lá que conhece 
a mente solitária de Mickail, a ligação dos dois é muito forte e desde o momento que se conheceram, Raven e Mikhail foram incapazes de resistir ao desejo de se unirem. Mas a improbabilidade de um relacionamento entre uma humana e um cárpato e uma ameaça à vida dos dois pode destruir esse relacionamento.


Minhas impressões:  A história é simples, os dois se conhece, se apaixonam perdidamente. Ela tá sofrendo por causa dos assassinos, ele tá sofrendo por causa da solidão e escuridão que habita sua alma, e aí começa tudo. Associe a) uma mocinha com personalidade forte, b)porém necessitada de um príncipe, c)um príncipe, d) necessitado de amor, e)dominado pela escuridão e f)vários loucos querendo destruir os dois. Mio clichê pra mim. Não gostei de uma coisa no livro: na capa somos apresentadas a um cara bronzeado artificialmente, depilado e fazendo pose com a mão no cós da calça jeans. (Oi?) O príncipe dos cárpatos é alguém famoso por se mostrar uma figura sombria, com ar pesado, solitário e até um pouco amargo. Na descrição do livro, ele é um armário cara alto, moreno, muito forte, cabeludo, com pêlo no peito e de personalidade arrasadora(leia "de tirar fôlego das mulheres e assustador dos fortões do grupo"), ou seja, não se parece em nada com o modelo da capa. Talvez eu fiquei um pouco decepcionada por que ao ler, eu imaginei um Jason Momoa quando interpretou Conan e recebi, bem..o cara da capa.

A história é boa, flui de forma fácil com descrições detalhadíssimas do sexo entre Mickail e Raven, que acontece em praticamente todos os lugares, exceto em uma cama, e em todos os momentos inclusive várias vezes após os dois quase morrerem, Tirando isso talvez economizássemos no mínimo umas cinquenta páginas, rsrs, mas pra quê tirar  parte boa? Pra mim houve muito amor envolvido, não que eu ache isso ruim, mas é uma dose um tanto exagerada de um amor absurdmente platônico entre duas pessoas que se amaram-apaixonaram-enamoraram enlouquecidamente antes mesmo de se verem(sentiu o exagero? é bem isso mesmo). Talvez o amor de Raven e Mickail seja daqueles amores platônicos que tiram o fôlego e que pessoas como eu jamais entenderiam. 

Eu particularmente esperei a cada parágrafo, ler um pouco mais sobre Gregori, um personagem secundário(pra quem?) que me cativou no primeiro momento. Gregori é o segundo no comando após Mickail e em algumas partes do livro próprio Mickail revela temer o amigo. Fiquei tentada a comprar um dos 22 volumes da série que fala sobre o Gregori, rsrs.

terça-feira, 12 de abril de 2016

Saudades, "Mainha"

       Hoje eu me peguei novamente chorando pela minha mãezinha, coisa que estou insistentemente tentando não fazer. O discurso de #minhamãemefezforte tá deixando de colar e a cada dia sinto mais falta de te chamar de “mainha”.

       No último dia 09 fez três meses que o destino me obrigou a me despedir de você, te toquei pela ultima vez, falei contigo pela última vez e sinceramente não sei o que teria mudado se soubesse que aquelas eram as nossas ultimas palavras.

      Talvez eu dissesse “eu te amo”, talvez eu dissesse “desculpa”, talvez eu dissesse “me perdoa”, ou talvez eu não dissesse nada por que é justamente as coisas que fazíamos juntas, que nos era tão particular, que eternizou cada segundo “nosso”.

       Fazer as coisas que antes era você quem fazia, minha mãezinha, me dói mais que tudo, falar coisas e imaginar o que você responderia ou ouvir algo e saber exatamente o que você falaria só me mostra mais uma vez que nunca mais poderei ouvir tua voz, e isso machuca.

      Não te ver mais na porta me esperando, não poder sair contigo pra conhecer a cidade, não te ouvir mais cuidar dos nossos bichinhos, das nossas plantinhas, nem sequer te ouvir mais brigando comigo por coisas que a senhora sabia que jamais mudariam, mas como mãe, era seu dever me questionar.

      Só depois que você se foi, mainha, é que vim entender o significado da palavra cuidado e como cada detalhe faz a diferença na nossa vida. Cada remédio que você me deu, cada abraço apertado, cada bronca preparada especificamente pra mim e que ajudaram ao longo dos anos a construir o caráter dessa sua filha turrona e corajosa que nem você.

       Só depois que você foi embora é quem vim entender o significado da palavra saudade, tão menosprezada por aqueles que temem visitar um amor distante ou um amigo ausente. Saudade na verdade é saudade doída, daquelas que não tem cura.

       Saudade mainha, de te ouvir cantar as músicas que eu tanto adorava e que agora só me trazem tristeza, saudades mais ainda de deitar no teu colo e te ouvir contar mil histórias enquanto me diz que sou uma menina de sorte. E eu sou mesmo mainha, uma menina de sorte por ter tido a melhor mãe do mundo, e mesmo que hoje essa dor da tua ausência me torture como mil facas, eu ainda sou mais sortuda que um milhão que nunca conheceram a mãe, mais um milhão que nunca valorizaram a que tem e mais ainda um milhão que não chegaram a te conhecer.