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terça-feira, 12 de abril de 2016

Saudades, "Mainha"

       Hoje eu me peguei novamente chorando pela minha mãezinha, coisa que estou insistentemente tentando não fazer. O discurso de #minhamãemefezforte tá deixando de colar e a cada dia sinto mais falta de te chamar de “mainha”.

       No último dia 09 fez três meses que o destino me obrigou a me despedir de você, te toquei pela ultima vez, falei contigo pela última vez e sinceramente não sei o que teria mudado se soubesse que aquelas eram as nossas ultimas palavras.

      Talvez eu dissesse “eu te amo”, talvez eu dissesse “desculpa”, talvez eu dissesse “me perdoa”, ou talvez eu não dissesse nada por que é justamente as coisas que fazíamos juntas, que nos era tão particular, que eternizou cada segundo “nosso”.

       Fazer as coisas que antes era você quem fazia, minha mãezinha, me dói mais que tudo, falar coisas e imaginar o que você responderia ou ouvir algo e saber exatamente o que você falaria só me mostra mais uma vez que nunca mais poderei ouvir tua voz, e isso machuca.

      Não te ver mais na porta me esperando, não poder sair contigo pra conhecer a cidade, não te ouvir mais cuidar dos nossos bichinhos, das nossas plantinhas, nem sequer te ouvir mais brigando comigo por coisas que a senhora sabia que jamais mudariam, mas como mãe, era seu dever me questionar.

      Só depois que você se foi, mainha, é que vim entender o significado da palavra cuidado e como cada detalhe faz a diferença na nossa vida. Cada remédio que você me deu, cada abraço apertado, cada bronca preparada especificamente pra mim e que ajudaram ao longo dos anos a construir o caráter dessa sua filha turrona e corajosa que nem você.

       Só depois que você foi embora é quem vim entender o significado da palavra saudade, tão menosprezada por aqueles que temem visitar um amor distante ou um amigo ausente. Saudade na verdade é saudade doída, daquelas que não tem cura.

       Saudade mainha, de te ouvir cantar as músicas que eu tanto adorava e que agora só me trazem tristeza, saudades mais ainda de deitar no teu colo e te ouvir contar mil histórias enquanto me diz que sou uma menina de sorte. E eu sou mesmo mainha, uma menina de sorte por ter tido a melhor mãe do mundo, e mesmo que hoje essa dor da tua ausência me torture como mil facas, eu ainda sou mais sortuda que um milhão que nunca conheceram a mãe, mais um milhão que nunca valorizaram a que tem e mais ainda um milhão que não chegaram a te conhecer.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Eu sou o Carpinteiro do Universo

Quem nunca chorou ouvindo uma musica boa?

Esses dias eu estou meio melancólica demais... Diria até meio que deprimida e hoje eu estava escutando Raul... Alias, ultimamente eu tenho escutado muito ele. Mas hoje, em particular, enquanto eu escrevia minhas cartas pra um sorteio de Habilitação e ouvia Carpinteiro do Universo eu comecei a chorar... Comecei a perceber que eu sou a musica, eu sou aquele carpinteiro que só quer ajudar.

Aí você me pergunta, e o choro Carla, veio de onde? Veio da parte do meu ser que se entristece quando lembra da imagem que as pessoas fazem de mim. Sempre fui muito dura com as palavras, consequentemente sou dura com as pessoas e de certa forma com minhas ações. Sempre cobrei as pessoas demais e procuro encontrar respostas onde não existe. As vezes eu me pergunto se sou só eu que me sinto assim.

É tipo se sentir mal por saber que você é legal e ninguém ver isso! Hoje mesmo depois de muito tempo choveu aqui na min ha cidade... Meu primeiro pensamento não foi sobre o clima amenizar quase que instantaneamente, mas sim imaginar os animais de rua e os desabrigados que agora sofrem com a chuva. Meu segundo pensamento foi minha irmã, pois pouco antes eu tinha ligado pra ela e ela estava na parada do ônibus, voltando da faculdade... Pensei logo em como ela gripa fácil e o que eu poderia fazer para ajudar. Felizmente a chuva acabou antes que ela chegasse.



Já ouvi coisas como: Você é má, malvada, grossa, chata, ruim, cruel... Mas será que sou tudo isso mesmo?


Não sei por que nasci
pra querer ajudar a querer consertar
O que não pode ser...