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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Gamei...




Uma vez depois de uma dor muito grande, fiz uma promessa.
Muito simples e bem objetiva.
Prometi não mais sentir.
Prometi não me deixar levar pelas emoções.
Prometi esquecer tudo já vivido e recomeçar do zero.
Prometi me envolver, mas muito pouco.

A dor era grande demais pra sentir novamente.
Depois do amor e da amizade perdida...
...do desmoronamento na família.
O mais correto era esquecer e deixar levar.
Deixar- se levar pela correnteza da vida.

E assim foi...
Até alguns dias...
E é justamente aí que você entra.
Surgiu bem devagar, sorrateiro.
E por incrível que pareça por um erro meu.
Quem mandou eu te chamar?
Chamar pra conversar...
...achando que estava sozinho.
Mas na verdade quem tava sozinha era eu.
Carente, calada, assustada!
Eu nem sabia que estava ali, apenas esperando a próxima.
E olha que nem interesse eu tinha.
Agora já viu né?

Gamei...

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Rupemba

Eu escrevi isso há alguns meses. Quando me mudei pra casa que moro hoje, eu conheci alguns amigos que moravam na mesma rua que eu. Éramos inseparáveis, fazíamos tudo juntos, nos reuníamos quase todas as noites pra jogar conversa fora e ficar fazendo palhaçada até tarde. Era momentos únicos por que nos sentíamos livres pra expressar nossa felicidade da forma como queríamos. Nos chamávamos Rupembeiros.

Infelizmente o tempo foi passando, a maturidade(ou seria imaturidade) foi chegando e fomos nos separando. Do grupo sobraram poucos e a felicidade já não é expressa como era antes, agora somos quietos, contidos; eliminamos aquele ar infantil que nos deixava feliz e agimos como se mal nos conhecêssemos. Daquele tempo só ficaram as fotos no computador e a saudade no peito!

Talvez nunca mais possamos no reunir,
Talvez  a teia que impede nossa amizade esteja muito forte,
Não somos mais um grupo,
Não somos mais “amigos”,
Agora, é cada um no seu lado,
Não nos queremos mais...
Não nos precisamos mais...
Acabou aquela necessidade que tínhamos de nos ver frequentemente,
De contar histórias,
De dançar e tirar fotos.
Não nos resta mais nada,
Tudo se acabou,
Prevalecem agora apenas as lembranças,
As mágoas e ressentimentos.
Hoje percebo que aquele tempo era bom.
E ainda é, mesmo que só na memória...
A maturidade chegou e com ela o orgulho.
Este que torna o destino tão cruel.
Mas não foram ontem os nossos encontros?
Não foram ontem aquelas reuniões noturnas de horas e horas de loucura,
Até o momento de sermos obrigados a nos separar, pois já era “hora de dormir”.
Doces noites de insanidade...
Onde podíamos carinhosamente nos chamar de Rupembeiros.

É tão ruim crescer...

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Estamos podres

Estamos podres.
Não aprendemos, não dançamos, não vivemos. Nem sequer amamos mais.
Estamos crendo no impossível e ignorando as pequenas coisas.
Tudo ilusão! Nos apegamos a uma fé cega pra preencher o vazio que mantemos no peito e na cabeça.
Estamos parando de crescer e apenas morrendo, estamos nadando no vazio.
Estamos procurando o que não existe.
Estamos perto do 1, mas não saímos do 0! Estamos no meio da água e não sabemos nadar. Estamos esperando que a vida entre pela porta enquanto ficamos na janela ignorando suas batidas. Qual o problema do mundo? O que se passa nessa cabeça com tanto cérebro e tão poucos pensamentos?




Essa é do tempo que e gostava de poesia! Há muito tempo!