quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Aprendi a criar meu plano B



Indiscutivelmente, 2017 trouxe o mais fundamental dos meus propósitos de vida, e eu só vim perceber isso agora. Buscar soluções pro estresse. Há algum tempo, mais precisamente desde que minha mãe faleceu, o estresse vem sendo algo muito mais impactante na minha vida, eu estava sempre preocupada com as coisas que eu precisava fazer, e isso ia desde acordar cedo até entregar algum treinamento no trabalho.

No começo de 2017 isso ficou tão intenso que começou a impactar minha saúde e a convivência com as pessoas, temi que isso interferisse no meu trabalho e decidi por um basta. Lentamente eu fui me desfazendo de tudo o que me causava estresse, desde pessoas tóxicas, compromissos estafantes, prazos absurdos que eu mesmo estipulava e passei a trabalhar severamente a questão do que realmente merecia impactar na minha vida. Passei a me perguntar por que eu me importava com o que fulano pensava e por que eu tinha que correr pra pagar uma conta sendo que ela se venceria daqui a dez dias e o dinheiro já estava guardado(eu era esse tipo de pessoa).

Amadureci essa ideia até quase o meio do ano e em maio fiz a viagem que achei que iria me relaxar a ponto de voltar ao trabalho 100%, mas foi justamente nela que percebi que nem um milhão de viagens me traria o sossego que e desejava. Quando retornei, conversei com um amigo sobre a possibilidade de ir embora, tracei metas durante minha pausa no trabalho que achei que nunca iria cumprir. Hoje me vejo morando em outra cidade, distante de tudo e de todos que já conheci na vida em busca de uma realidade que sempre me pareceu inalcançável. Como estou? Tranquila. Sinto a cada dia que estou tomando as decisões corretas, e apesar dos riscos, eu aprendi que na vida sempre temos o plano B, C e todas as demais letras do alfabeto.

O amigo? Continua lá,também satisfeito. E eu, continuo aqui, feliz e satisfeita também, por que não importa a decisão que a gente tome, o que importa é que ela nos faça bem.

domingo, 17 de dezembro de 2017

2017- O ano que eu fiz o que queria

Eu sei que o título do post tá parecendo mais anúncio de filme com roteiro clichê, mas ele resume bem como 2017 foi pra mim. 



Esse ano eu consegui agir de forma mais natural, tentando deixar de “sobreviver”, como foi em 2016, e tentando “viver mais. Em 2017 eu  viajei quando eu quis, eu gastei meu dinheiro quando eu quis, eu me afastei de pessoas que eu achava que estariam sempre lá por mim, eu beijei muito, eu saí mais ainda eu fortaleci grandes laços de amizade, eu aproveitei mais a família(Victor<3).

Eu disse mais sim e não, eu aprendi a dar minha opinião sem ser tão crítica, eu fiz as tatuagens que eu queria, eu tive coragem de colocar meu piercing, eu dei mais minha cara a tapa e apesar de ainda ser bem presa em muitos aspectos, eu aprendi a responder melhor às críticas ao meu corpo, internas, e principalmente externas.

Eu cheguei ao extremo da minha saúde comparado aos anos anteriores e tive coragem de dar um basta aos abusos profissionais, eu estabeleci metas grandes mas alcançáveis, e com um sorriso no rosto eu digo que alcancei todas elas. Eu vivi como nunca tinha vivido e tô planejando cada dia com uma certeza, nada é tão grande que a gente não possa suportar. Eu possa estar enganada, mas hoje acredito que já vivi as maiores dores da minha vida, então as incertezas do futuro já não me assustam mais. 

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Deixe em 2017 o que não te contribui



Algumas vezes na vida a gente tem que parar um pouco e analisar o que realmente vale a pena a gente levar pra frente e o que merece ser deixado pra trás. Isso se chama destralhar, que é tirar da sua vida o que não faz sentido e deixar o que acrescenta. Não vou dizer que é uma tarefa fácil, pessoalmente eu venho trabalhando nisso há anos e só em 2017 é que conseguir efetivamente colocar em prática. A primeira consideração a ser feita no ato de destralhar é “O que me incomoda?”.

Identifique as coisas que poderiam ser realocadas ou retiradas de prioridade, isso vale tanto para pessoas, quanto para coisas. Imagine aquele embuste que sempre te dá um fora, mas que você sempre responde ele rapidamente quando ele te chama no watts, ou então aquele livro empoeirado na estante que você tá há meses prometendo ler.


Pense nas coisas que te causam preocupação, desconforto, te fazem perder tempo desnecessariamente ou estão quebradas, pense na sua saúde, nos falsos amigos, nos familiares que só estão lá pra te diminuir, nas tralhas dentro de casa, etc. Se você precisar parar pra pensar em que aquilo contribui positivamente na sua vida, é hora de se desfazer, por que coisa boa a gente não precisa ficar pensando não, é automático.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Menos é mais

Eu percebi que eu poderia viver com menos, bem menos, quando eu viajei por um mês deixando 90% das minhas coisas em casa e dos itens que eu levei pra viagem, não cheguei a usar 100% deles. Isso me fez perceber que além de eu ter coisas demais, eu tinha coisas guardadas sem nenhum apego. 

É comum sim guardarmos coisas que não usamos ou não gostamos tanto pelo simples fato do apego emocional, seja por ter sido um presente de alguém especial ou por lembrar algum momento, mas eu tinha muita coisa que além de eu não usar mais, não se encaixava em nenhuma dessas características. Isso me abriu muito os olhos sobre o que realmente era necessário pra eu viver.

Quando eu abri meu guarda roupa e comecei a analisar quais peças eu tinha usado nos últimos 3 meses, descobri que havia algumas que eu não havia mexido no último ano.

Diferente de grande parte das mulheres, eu detesto comprar roupa, artigos de decoração, maquiagens e bolsas, apego mesmo só a sapatos, e estipulo que só compro um, quando o semelhante antigo não servir mais. Essa técnica tem me ajudado bastante e de certa forma contribuiu para o pensamento que eu tenho hoje.

Depois de conhecer o minimalismo, analisar antecipadamente sobre as coisas que realmente preciso, me ajudou a fazer compras mais espertas, me poupando tempo, dinheiro e paciência(pois o estresse de ter que encaixar aquilo na minha vida não me pertence mais). 

Você tem alguma coisa na sua vida que você comprou por impulso ou por que achava que iria usar muito e acabou descobrindo que só ia ocupar espaço na sua casa? Já pensou em desapegar?


quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Sobre não aproveitar a vida

Achei esse texto hoje entre meus escritos, é de 2013.


Oi, eu sou a filha mais nova, sou as “sobras”, o “fim de rama”, sou aquela que demorou dez anos pra nascer e quando veio já não tinha mais graça.

Essa história do mais novo ser mais mimado é pura besteira quando você não é encostado nos seus irmãos, além de pais, você tem irmãos pra obedecer, você nunca tem opinião, pois “é muito novo pra saber de alguma coisa”, mas sempre terá que ser maduro, pra “seguir o exemplo de seus irmãos”.

Tenho 23 anos e alma de 33 como os meus irmãos. Fui criada pra saber tudo sozinha já que meus irmãos já sabiam das coisas, aprendi a me defender só, a me cuidar só, a arrumar a casa, a cozinhar, a lavar, passar, trocar botijão de gás, consertar uma torneira pingando, uma lâmpada queimada, aprendi a pagar minhas próprias contas e estudar sozinha pois “meus irmãos tem suas próprias coisas a fazer e meus pais não lembravam das coisas do ensino fundamental”. Aprendi a ir ao médico só e esconder meu problemas de saúde pra não preocupar a minha mãe, aprendi a não contar com a minha irmã ou meu irmão já que seus amigos serem foram mais importantes que eu. Mas não tiro o crédito, minha família sempre esteve muito presente na minha vida, as vezes me incentivavam, as vezes me cortavam as ideias, as vezes simplesmente me deixando quieta, que é como prefiro estar quando tenho problemas.

Aprendi assim a estudar sozinha, andar de moto sozinha, beber sozinha, conhecer pessoas sozinha... E não entendo o por que, mas nunca tive conversas com meus pais sobre sexo, bebidas ou drogas, na verdade lembro até da minha mãe um pouco envergonhada quando mencionei que havia menstruado pela primeira vez.

Aos 23 sou madura quase podre, acabei perdendo um pouco do brilho da juventude. Pode parecer besteira, mas não rio de coisas que garotas de 23 riem, não curto coisas que jovens curtem e muito menos estou saindo pra festas pra conhecer pessoas, beber e namorar desconhecidos. Estou vendo minha vida passar por mim e não tenho a mínima ideia de como posso acompanhá-la.


segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Pãozinho low carb: O divisor de águas

Desde minha ultima viagem, eu me dediquei a me alimentar melhor. Eu nunca tive problemas pra comer frutas, verduras e legumes, mas isso nunca me impediu de comer massas e doces(fritura nunca me atraiu mesmo). Resolvi escrever esse post só quando isso estivesse implantado na prática e sinto que agora é a hora.




Entenda que esses alimentos são diferentes do que você é acostumado a comer, não é por que é um ‘pão’ low carb, que ele terá o mesmo sabor do pão tradicional. A ideia é ter um alimento semelhante que ajude a substituir os alimentos mais calóricos ou que não ofereçam os nutrientes necessários. Atenção se você for um fanático por comidas gordurosas, massas e doces, não espere gostar do sabor, ou pelo menos não na primeira vez que você comer. Eu tenho muita sorte de provar algo pela primeira vez e gostar, principalmente depois do meu interesse em me alimentar melhor, exemplos como guacamole, crepioca, o pão low carb, legumes como substitutos pra lanches e doces feitos de frutas são casos de amor à primeira mordida, mas em outras raras situações, eu precisei provar a comida mais de uma vez até me acostumar. 

Um ótimo exemplo é a cebola, eu fui uma criança que sempre comeu bem raramente dava trabalho pra comer alguma coisa, mas um item que demorou a entrar na minha alimentação foi a cebola, e quando eu falo ‘demorar’, eu me refiro à meados dos meus 13 anos, quando meu pai meu pai me apresentou a cebola em conserva. Adorei na primeira bolinha. Depois conheci a cebola assada e finalmente aprendi a gostar do sabor da cebola crua. Ainda tenho problemas quando ela é cozida em pedaços grande, mas é algo perfeitamente suportável. Hoje como praticamente tudo, até a odiosa cenoura cozida. Eu amo cenoura crua...seja em pedaços, ralada na comida, no sanduiche, mas cozinhe ela e tenha problemas comigo. A questão é que nenhum alimento é intragável, é apenas uma questão de adaptação. Agora é arranjar um substituto pro macarrão(ainda não testei o de cenoura nem o de abobrinha).

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O que estou fazendo – Recapitulando 2017

Voltei novamente pra dizer que eu estava morrendo de saudade. Que me afastar dos livros e da escrita me fazem me sentir um pouco vazia e que justamente agora que eu deveria ter tempo pra escrever, é que a minha vida tá um turbilhão. Saí recentemente do meu trabalho, decisão que foi muito pensada e analisada, e que aparentemente foi a melhor do mundo, o que me permitiu descansar bastante e ainda no mesmo mês de saída, me dedicar a muitos projetos que estavam parados. Eu havia pensado nisso em Maio, mas ficava com medo de abrir mão de um emprego que eu considerava bom e que além de me deixar muito confortável financeiramente, eu tinha uma certa instabilidade. Mas aos poucos ele estava me cansando muito e de maio pra cá eu me senti realmente esgotada. Eu já havia falado com meu chefe e apesar da relutância, ele disse que me ajudaria, mas que eu teria que esperar.
No mês passado eu participei de um treinamento que abriu meus olhos pra tudo isso que eu estava sentindo. Naquele momento eu percebi que nenhum dinheiro no mundo compraria a sensação de um dia acordar e perceber que o tempo passou e eu não fiz nada que eu queria.
Agora eu me dedico mais a mim, literalmente. Me dedico a coisas que eu sempre quis fazer, a minha saúde, a minhas vontades, e a todas as coisas que normalmente eu abria mão.


O que eu estou…

Fazendo: Aula de violão, academia, me preparando pra viajar, estudando um pouquinho de cada vez já que agora não preciso ter pressa, me aproximando mais da família, me mimando mais. Dormindo melhor, cuidando melhor da alimentação, lendo devagar pra aproveitar cada parágrafo, ouvindo música sem pressa, saindo pouco mais aproveitando mais já que não tenho a pressão de trabalhar no dia seguinte. Pesquisando cursos em outras cidades, conversando mais com os amigos, ponderando estudar pra concurso e voltar pra natação-talvez quando criar coragem de colocar o maiô-.

Cozinhando: Quase nada. A maioria das vezes quem cozinha é a minha irmã, o que é ótimo por que tô bem enjoada pra comida.

Bebendo: Cerveja. Muita cerveja preta desde que me descobri apaixonada por cervejas premium.

Lendo: Uma curva na estrada, de Nicholas Sparks.

Procrastinando: Aprender inglês. Não que eu esteja fazendo isso por que não quero ou por que é ruim. Mas eu me frustrei na busca por um curso de inglês e definitivamente não consigo estudar bem sozinha.

Querendo: Uma bolsa. E apesar de eu ter dinheiro pra comprar e zilhões de opções, ainda não encontrei nenhuma que realmente me agrade.

Procurando: Minha meta de vida. Desde que participei de um treinamento no meu antigo emprego, eu consegui identificar algumas áreas que eu precisava focar mais na minha vida. De lá pra cá foi fácil dar início a alguns projetos, mas eu realmente ainda não tenho certeza do que eu posso chamar de ‘meta de vida’.



Decidindo: Qual será a minha nova tatuagem.

Curtindo: Ver o meu sobrinho, Victor, crescer!

Esperando: Minha viagem pra Jampa.

Imaginando: Meu futuro daqui a um ano, por que pela primeira vez na minha vida, ele depende única e exclusivamente de mim.

Ponderando: Os gastos que fiz no último mês.

Ouvindo: Summertime sadnesse da Lana Del Rey.

Considerando: Me dedicar a concurso, por que por mais que eu tenha um foco diferente disso, é sempre bom estar estudando e ter algo ‘certo’, financeiramente falando.

Comprando: Só comida, rsrs. É incrível como eu tenho dinheiro, tempo e preciso comprar várias coisas pra mim, mas não gosto de comprar-itens femininos no geral.

Assistindo: Once upon a time.

Agradecendo: Por ter tido coragem de mudar minha vida completamente e dar início a diversos projetos que sempre estiveram só no papel.

Precisando: Viajar pro exterior, não morro feliz se não fizer isso.

Devendo: Uma ida ao dentista.

Cheirando: A perfume de bebê, acho que depois do Victor, todo cheirinho de criança me agrada.

Usando: Tênis e mais tênis.

Seguindo: Tudo o que a Jéssica do femmefatalebyjeh posta, ô mulher incrível.

Descobrindo: Que eu posso até gostar de malhar.

Sabendo: Dizer sim e não. Finalmente tô controlando de verdade a minha vida.

Pensando: Que é sempre bom ter um plano B.

Deixando de gostar: De gente infantil. Antigamente me divertia, hoje me irrita.

Rindo: Dos shows dos 4 amigos.

Sentindo: Vontade de ter um mozão, mas só de vez em quando.

Celebrando: O fato de eu não descobri tarde demais como viver a vida.

Pretendendo: Cuidar mais de mim.

Abraçando: A nova Carla, que é muito mais corajosa e determinada.


Esse post ficou bem grande, mas conseguiu resumir tudo o que eu queria dizer. O mais legal de tudo isso é que sai do emprego há menos de um mês e já comecei metade do que eu pretendia fazer. Agora é ter foco e determinação.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Esta é a palavra que definirá a sua vida: CONFIANÇA

Quantas vezes você já quis aquele cara legal, ou aquele emprego incrível, ou até já quis abrir o próprio negócio, mas desistiu no meio do caminh? Quantas vezes já quis dar uma bela resposta, tirar foto sensuais ou viajar o mundo? Quantas vezes já quis ir pra balada e fazer tudo o que queria, ou fazer uma tatuagem, e vestir uma roupa sem se preocupar com o que os outros vão pensar?

Quantas vezes por dia você se reprime de algo que tem vontade? Você acha que não consegue ou que não merece aquilo? Sabe o que eu falo para os meus alunos quando eles pensam em desistir? Eu mostro a eles o ambiente de trabalho e pergunto: o que todas essas pessoas que estão aqui tem de diferentes de vocês? Por que vocês acham que não conseguem?

Quer inspiração? Que tal Madre Teresa, Rainha Elizabeth, Marilin Monroe, Meryl Streep, Oprah Winfrey, Viola Davis, Hipácia, Joana d’Arc, Maria Quitéria de Jesus, Marie Curie, Gisele Bündchen, Marta, Carmen Miranda e mais um zilhão de mulheres incríveis que de alguma forma, pararam de achar que não conseguiriam fazer algo e ssimplesmente foram?

Já imaginu se a Maud Wagner tivesse desistido? Ah, sabe quem é ela não? Pois da uma pesquisada e se inspire, na verdade, só prar um pouco e pensa naquela pessoa que você admira. Aposto que é alguém de atitude, que deseja e faz acontecer, que é uma pessoa de CONFIANÇA. 

O que te falta pra levantar essa bunda da cadeira e fazer alguma coisa? Seja uma princesa da Disney ou uma escritora famosa, uma cientista ou uma modelo. Seja quem for, pare de admirar uma dessas mulheres e seja uma delas. Seja a pessoa que se olha no espelho todo dia e gosta do que vê, e se não gosta, seja a pessoa que se levanta e  tenta mudar isso. 

E quando achar que não consegue, dá uma olhada nessas pilotas de caça  de 1945.


terça-feira, 16 de maio de 2017

Como você se vê daqui a 5 anos?

Pra ilustrar esse post, eu trouxe fotos do momento que mudou minha percepção de vida. Essas fotos foram tiradas no Hotel Globo, no Centro Histórico de João Pessoa.




Eu queria poder reproduzir toda a magnetude da vista, toda a tranquilidade que o sol descendo por trás do rio Paraíba transmite e principalmente, toda a satisfação que é, estar no melhor lugar do mundo, com amigos incríveis apreciando um momento só seu. 



Naquele momento e em mais outros tantos da minha vida, pude refletir um pouquinho sobre o tipo de pessoa que sou e o que eu realmente quero fazer da minha vida. Naquele momento eu estava realizando várias coisas que sempre quis fazer, e não falo apenas de viajar, falo de quebrar limites que eu mesma criei e de superar medos que sempre tive. Naquele momento eu pude perceber como exatamente eu quero estar daqui a 5 anos. Não vou falar disso por que as percepções de futuro são coisas muito pessoas e podem mudar a qualquer momento, mas pra mim, a partir dali, eu comecei a trabalhar para que daqui a 5 anos eu esteja exatamente onde eu quero.



Pela primeira vez eu consegui realmente traçar um caminho pelo qual posso seguir, sem me perder ou desviar e ainda assim me divertir e crescer pessoalmente e profissionalmente. Caso você tenha um momento como esse, não o perca, registre cada segundo, cada passo planejado e percorra os atalhos necessários, mas não deixe que a mesmice da vida cotidiana te impeça de alcançar esse desejo. Se eu lembro desse dia e de tudo o que mudou? Eu ainda sinto o cheiro do pé de manga que farfalhava com o vento por trás de mim. S2

 

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Compartilhando: Arquitetura de uma cidade perfeita

Maio foi o mês das minhas férias e aproveitei os dias livres pra visitar alguns amigos na minha cidade preferida. Sim, prefiro João Pessoa à minha cidade Natal. Há pouco mais de um ano fui lá a trabalho e me apaixonei. Fiz grandes amigos e me sinto em casa quando estou lá. Essa viagem, inclusive, foi de longe a melhor, graças à ela ganhei um irmão e tomei decisões importantes da minha vida.Mas o assunto hoje é principalmente a arquitetura da cidade. Em um dos primeiros dias, dei uma volta pelo centro histórico e simplesmente me apaixonei pela arquitetura dos prédios. Aproveitei o dia lindo e tirei fotos incríveis. Aproveita aí, e se algum dia puder, vá a João Pessoa. Vale a pena.


 




 
 

domingo, 14 de maio de 2017

Por que eu sumo às vezes

Vez ou outra eu apareço por aqui pedindo desculpa pelo sumiço e prometendo mil e uma postagens novas, dizendo que tô cheia de ideias e "que dessa vez" as coisas serão diferentes. Mas não posso me desculpar de algo que eu mesma chego a acreditar, não posso pedi desculpas por algo inevitável, que apesar de eu lutar bravamente, acaba voltando a acontecer.

2017 ainda não está na metade, mas eu já mudei tanto que não reconheço mais aquela garota de janeiro que não sabia se queria comemorar o aniversário, ou se isso seria uma ofensa à lembrança da mãe. Hoje eu sei que independente da minha escolha, eu estando feliz, deixaria minha 'veinha' satisfeita.

O assunto aqui é o quanto a gente consegue se iludir com promessas pessoas e ainda mais o quanto conseguimos deixar de dar valor à elas quando mudamos um pouco. Posso usar como exemplo as minhas roupas, que refletem muito da minha personalidade. Se me arrumo bastante, sai de perto que estou poderosa, se me visto de forma colorida, tô tentando parecer diferente, se me visto largada, estou dando mais importância à quem eu sou do que quem eu pareço, mas ainda é me vestindo de preto que me sinto melhor, o mais incrível é que quando escolho um estilo, todos os outros ficam tão longes de parecer eu, que tenho vontade de tacar fogo em tudo. 

Essas mudanças de aparência tendem a acompanhar as mudanças de personalidade, ou tentam, pra falar a verdade, afinal, é mais fácil você querer mudar a cor do cabelo do que realmente comprar a tinta e pintar. Mas Carla, aonde você quer chegar? Muito simples, pequeno gafanhoto, minha intenção é só dizer que quando eu sumir daqui, não é por que eu parei de gostar de escrever ou por que tô cansada E sim por que estou fazendo coisas mais urgentes, dando um tempo de mim ou tentando me conhecer melhor. Quem sabe até tendo uma das minhas 'pequenas crises', em que finalmente sei lidar melhor com elas. Leia esconder melhor.

Aos 25 eu sei menos o que quero, mas muito mais o que eu não quero, de verdade. E isso envolve me movimentar cada dia mais. E talvez nesses movimentos, eu esqueça um pouco que escrevo, que brinco de ser blogueira. Nessas horas no máximo me escondo em um instagram lotado de stories com música e gatos e um feed abandonado.


sexta-feira, 12 de maio de 2017

Fui embora mas fiquei lá

Domingo eu acordei cedo, apesar de ter ido dormir quase 3 da manhã, acordei às 05:30. Passei três horas vendo uma pessoa dormir e brincado com uma gatinha chamada July. Saí do quarto sem coragem, tomei um iogurte, me despedi de pessoas legais e entrei no primeiro carro do dia que me levaria pra longe dali. 

voltei pro apê do meu amigo, preparei minha mala de forma arrastada, tomei um banho demorado, me despedi da cadelinha do apê, vi meu amigo dormir enquanto pensava quão louco ele era por ter me recebido na casa dele e desejei novamente que ele fosse a pessoa mais feliz do mundo. 

Entrei no carro com minhas malas pesadas, agradeci mais uma vez ao universo por tudo o que eu pude aproveitar naqueles 5 dias, e me agarrei à certeza de que voltaria. No carro tocava músicas tristes e eu chorei com vontade, chorei por que não queria ir embora e principalmente por que estava sozinha. Eu podia chorar. No celular uma mensagem de outro amigo-"tô indo aí", mais choro, só que de felicidade. Eu só conseguia pensar comigo: "Eu tenho os melhores amigos do mundo". 

Perdi o ônibus, comi um feijão delicioso, vi dois homens jogar como duas crianças e me deitei enquanto esperava o tempo passar. Antes de ir, olhei demoradamente pro céu, brinquei com uns 8 gatos, me troquei e parti. Dessa vez não estava mais sozinha no carro. Apreciei o carinho de um casal apaixonado, um misto de inveja e orgulho, observei novamente uma pessoa que não parava de resmungar. No celular, várias mensagens daqueles "melhores amigos do mundo".

Sentamos enquanto esperávamos, conversamos, brincamos... Dei três abraços demorados e parti sem coragem de olhar pra trás. Fui embora mas fiquei lá. 



terça-feira, 9 de maio de 2017

6 on 6- Maio 2017

Quando decidimos o tema desse mês eu fiquei super empolgada, mas agora, depois de uma das melhores viagens da minha vida e de tantas fotos lindas e super coloridas, trazer pra vocês 6 fotos P&B foi dificil. Mas me segurei e trouxe fotos dos meus livros queridinhos do momento.








Nutro uma paixão pelos livros de André Vianco, os de vampiros principalmente, mas o meu preferido é O Senhor da Chuva, me arrepiava a cada parágrafo. Finalmente consegui comprá-lo em um sebo de João Pessoa. Além dos livros dele, eu trouxe um que comprei em uma feira de livros no shpping da minha cidade, o de Game of Thrones em inglês e outro recém adquirido do Harlan Cobe.

Já conhece o blog das meninas do projeto?

terça-feira, 25 de abril de 2017

Bate papo com a Carla de 2014

Há três anos, no dia 10 e janeiro de 2014 eu ecrevia uma carta para o meu EU do futuro. Na época eu postei aqui, mas acabei esquecendo e hoje encontrei esse texto em um dos meus cadernos. Resolvi fazer um bate papo com a Carla de 22 com a Carla de 25. Ficou um pouco grande, então não estranharei se você não quisesse ler. Mas se quiser, seja bem vindo.




Olá EU do futuro.
Olá Eu do passado.

Primeiramente uma simples pergunta: Como é ter 25 anos? Você já sabe o que quer da vida? Por que sendo bem sincera, as coisas não vão muito bem por aqui. Descobri que não gosto do curso que fiz e não tenho a mínima ideia do que quero fazer agora. Não estou habilitada, não comprei minha casa como eu planejava quando tinha 16 e nem achei o amor da minha vida, aliás, ele vem né?

Olha, ter 25 é praticamente igual a 22, só que com 3 anos a mais, às vezes já me sinto velha. Ainda não sei o que quero da vida, mas com certeza sei o que não quero, e isso definitivamente não inclui continuar do jeito que estou. Muita coisa mudou e se eu fosse comparar, ter 22 era bem melhor. Agora já estou habilitada e comprei um terreno, sabe, pra fazer o sítio que Mainha tanto queria, mas desisti dele e daqui a pouco você descobre o por que. Amor? Ih amiga, isso tá ficando pra depois, não sei se somos nós ou os outros, mas encontrar alguém? Tô achando mais fácil achar pepita de ouro no quintal.


Ah, lembra a lista enoooorme que eu tinha de coisas que eu queria fazer? Então, como anda ela? Aprendeu um novo idioma? Fez aquela tatuagem? Os amigos ainda são os mesmos? Tá tão difícil confiar no pessoal por aqui. Cada dia eu me sinto mais sozinha.  Cheguei a conclusão de que a maturidade me deixa doente.

A lista como sempre, mudou muito, algumas coisas tirei por que o tempo passou e achei bobagem, e não inclui mais por que não adianta criar lista e não cumpri-las, certo? Sobre o novo idioma? Só a linguagem das grandes empresas. Tatuagens você já tem duas e cada dia querendo mais. Amigos? Poucos, mas bons. Confiança sempre será peça rara, então nem se preocupe. E a maturidade? É uma droga.

Mas mudando de assunto, como estão os nossos pais? Brigar com eles faz eu me sentir com 8 anos de novo e não de um jeito legal.

Tá preparada? Mainha se foi. Nos deixou ano passado e levou com ela toda nossa alegria de viver, foi o meu primeiro grande baque. Sabe aquela tristeza profunda que tínhamos quando criança? Voltou. Nada mais faz sentido e muitos dias eu ainda deixo de dormir me perguntando por que estou aqui se o sentido da minha vida se foi em janeiro de 2016. Sabe? Nunca pensei que algo pudesse doer tanto, jamais imaginei que aquela certeza que eu tinha sobre o tempo. Sabe aquela de que ele curava tudo? Era mentira. Descobri que há dores que nem o tempo pode apagar e que é sim possível chorar uma noite inteirinha e preferir morrer a continuar sentindo aquilo. Poisé, esses pensamentos ainda estão por aqui, e ‘aquilo’ ainda tá guardado, nunca se sabe quando eles vão finalmente nos dominar. 

Pai continua distante. Vivendo no mundo dele e eu no meu, continua esquecendo dos nossos aniversários e de ligar no natal. Nada novo, só as velhas decepções de sempre. Eu devia ter aprendido aos 22, que não dá pra esperar novas atitudes de um macaco velho.

E nossos irmãos? Espero que não tenham mudado muito.

Olha, mudaram sim, e muito mesmo. Paula continua do mesmo jeito, pegando no seu pé, agindo como se fosse mainha e querendo impor uma autoridade que não existe, mas você continua querendo cuidar dela, mania sua de querer consertar o mundo. Já devia ter desistido sabia? Nunca deu jeito mesmo.
Uma parte boa dos 25? Carlinho acabou de te dar nosso maior desejo. Hoje temos um bebê fofinho de nome Victor pra um dia nos chamar de titia. Hoje, por enquanto você tem ainda um motivo pra continuar acordando todos os dias.

Espero também que você esteja arrebentando no violão, que tenha ficado mais decidida e que esteja aproveitando mais. Sei que 3 anos não é muito, mas com certeza eu não fiz muita coisa até os 22 e não quero que continue assim aos 25.

Violão é outra história, tua coordenação motora foi pro espaço e você continua usando isso como desculpa. O violão tá lá, dentro da caixa e em cima do guarda roupa, nem toca e nem vende. Mais decidida você ficou mesmo, sabe se impor muito melhor e as vezes tem até que dar uma freada nisso, mas se diverte muito mais e aos pouquinhos tá perdendo os medos.

E meus filhos, como estão? É claro que estou falando dos meus bebês de 4 patas. Espero que você não mude nada em relação a seu amor por eles senão eu apareço aí no futuro só pra chutar a sua bunda. Desculpe, não quis ser agressiva. Velhas manias, você sabe.

Se segura, aí vai o segundo baque. Nossa filha se foi. 2016 levou nossa mãe e nossa filha. Outra perda irreparável que a gente nunca vai superar. Os gatos ainda estão aqui, cada dia mais preguiçosos, mas cachorro a gente não quer mais, não consegue, dói ver foto, chora com vídeo e toda vez que se lembra daquele focinho peludo perto da gente, pensa que foi um erro continuar aqui sem ela. Como a gente aguenta? Pensa em Victor. É só por ele.

Ainda tenho aquela mania horrível de perder horas e horas planejando e imaginando o futuro e esquecendo de viver o presente?
Será que você está muito arrependida das escolhas que fiz? E as burradas? Deu pra consertar alguma? É, eu sei que foram muitas, mas faz parte da vida, certo?

Tem. Ô mania desgraçada. Mas estamos evoluindo, fazendo mais e prometendo menos, viajamos, saímos, namoramos mais, evoluímos, um passo de cada vez. Sobre as escolhas? Elas são inevitáveis e o erro nada mais é do que o resultado de uma escolha ruim, e como não podemos prever, o que podemos fazer é aprender com eles e evitar que se repitam. Olha só, maturidade não é de todo ruim né?

Vou partindo antes que me estenda muito. Desejar saúde e paz não adianta, nós duas sabemos que estas são “coisas de prática”. De resto, espero apenas que você saiba onde quer chegar, que tenha diminuído suas inquietações e que tenha se tornado mais confiante. Me disseram que isso é coisa de idade. Enfim, te vejo no futuro.

Olha, não sei nem onde e nem quando quero chegar, mas sei que a direção é pra frente, nada de se prender ao passado, por mais difícil que isso seja, e sempre focar no futuro. É com um passo de cada vez que conseguimos percorrer longas distâncias. Obrigado pelo passado e nos vemos de novo no futuro.