segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Um horror na infância

Uma vez eu estava em casa, no computador no quarto do meu irmão e do nada comecei a me arrepiar. Eu sempre sentia essas coisas (as vezes eu sentia quando alguém morria).
Só que eu era curiosa que só...mas também medrosa pra caramba. Mas como a curiosidade foi maior eu fui andando com o nosso cachorro pela casa pra ver se eu descobria o motivo do meu incômodo. Eu fui segurando na coleira dele por causa do medo, por precaução né?

Eu sai andando bem devagarzinho pela casa, olhando em todos os cômodos. Quando eu ia chegando na sala de jantar, meu cachorro começou a latir e arrepiar o pelo das costas como os gatos fazem. Achei muito estranho e é claro que fiquei me pelando de medo. Parado na entrada da sala, ele ficou só latindo olhando pra cima, especificamente pra um canto na parede.

Eu não tive coragem de olhar, fiquei segurando ele e encarando o chão, sem forças pra puxá-lo pra longe dali. De repente cai uma gota de um liquido vermelho no chão, eu me assustei e olhei pra cima. Tinha uma mulher na parede de cabeça pra baixo, com os cabelos esvoaçantes. Ela estava vestida de branco mas a roupa estava toda manchada de sangue. A garganta dela estava cortada, mas os olhos estavam abertos... fixos em mim.

Aí o olho dela encheu de água e caiu uma lágrima. Eu estava dura, parecendo uma estátua, segurando meu cachorro pela coleira. Um dos braços dela que estava aberto, pendeu e caiu, como se ela estivesse sem força. Do susto soltei meu cachorro e ele avançou contra a parede, tentando morder a mulher. Por sorte(ou não, afinal não há nada de sorte nesta visão) ela estava alta demais pra ele alcançar.

Avancei na tentativa de pegar ele e puxar de volta, sem querer pisei no sangue e vi que era de verdade. Quando olhei pra cima ela despencou. Parando antes de chegar ao chão, seu rosto ficou bem colado ao meu. Com o susto fechei meus olhos e esperei... Alguns segundos depois eu abri, e ela não estava mais lá.

Mas a mancha de sangue no meu pé só confirmava meu horror. Aquilo realmente tinha acontecido. Soltei meu cachorro que já não latia mais e saí com o pé levantado pra não manchar o resto da casa. Limpei o sangue e nunca comentei nada com ninguém. Até agora.

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